Violência — Foto por: Reprodução

O delegado da Polícia Civil de Sinop, Bráulio Junqueira, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do município, descartou em entrevista ao RepórterMT, que a cantora e suplente de vereador, Gabriel Santos da Rosa (PSDB), tenha sido morta por crime de transfobia. Segundo ele, Santrosa, como a vítima era conhecida, foi assassinada por integrantes do Comando Vermelho.

A cantora transexual foi encontrada morta na tarde de domingo (10), decapitada e com as mãos e pés amarrados em uma área rural do município. A informação é que ela estava desaparecida desde a manhã do último sábado (09).

De acordo com o delegado, não se tem dúvidas de que o crime foi cometido por integrantes da facção, pela forma como a vítima foi morta. Ele enfatizou que esse modus operandi é um recado que os criminosos mandam para seus inimigos.

"A informação que recebemos aqui é que a Santrosa estaria falando demais e fazendo caguetagem contra o Comando Vermelho. E porque a gente pode confirmar isso, pela forma que ele foi executado. Aquela forma de execução, amarrado covardemente, torturado e decapitado é uma forma bem clara que o Comando Vermelho dá para seus inimigos. Então, nós temos certeza que foi algum integrante do Comando Vermelho que matou", explicou.

Já com relação à motivação, Bráulio Junqueira explicou que Santrosa pode ter "falado demais" contra a facção e o fato chegou ao conhecimento dos líderes que determinaram sua execução.

"A motivação provavelmente é que o Comando Vermelho achou que a vítima estaria jogando contra eles. O negócio é que as vezes as pessoas ficam conversando fiado nos bastidores e as pessoas ficam sabendo e mandam executar. A morte dela é semelhante a outras que tiveram aqui na região", finalizou.

Por qualquer motivo eles (faccionados) estão matando as pessoas. Sonham que a pessoa está traindo eles e mandam matar", emendou.

Por RepórterMT