MATO GROSSO É O 5º COM MAIS MORTES VIOLENTAS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
em 22/08/2024 as 16:00Levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostrou que Mato Grosso ocupa o quinto lugar entre os estados brasileiros em relação às mortes violentas de crianças e adolescentes de até 19 anos. São 2,5 mortes a cada 100 mil habitantes.
Em 2021 foram 87 registros de óbitos nessa faixa etário, subindo para 127 em 2023, o que representa um aumento de 45,9%. Sendo consideradas apenas as crianças de até 9 anos, o crescimento das mortes violentas foi de 266%, passando de 3 casos em 2021 para 11 em 2023.
"Essas diferenças revelam que crianças morrem, com frequência, em decorrência de crimes com características de violência doméstica, enquanto as mortes de adolescentes são predominantemente caracterizadas por elementos da violência armada urbana. Embora sejam fenômenos complementares e simultâneos, é crucial entendê-los também em suas diferenças, para desenhar apropriadamente políticas públicas e outras respostas", diz trecho do documento.
Apesar de serem levadas em consideração também as crianças, a maioria das mortes ocorreram com vítimas de 10 a 19 anos, em vítimas do sexo masculino e negros. Nessa faixa etária houve um aumento nas mortes violentas, saindo de 14,33 óbitos a cada 100 mil habitantes para 18,73 em 2020.
"A principal causa de mortes violentas na faixa etária de 10 a 19 anos são os homicídios dolosos. No entanto, a participação deles no total de mortes vem sofrendo redução e, ano após ano, as mortes decorrentes de intervenção policial vêm crescendo, e representaram mais de 15% das mortes violentas dessa faixa etária no Brasil em 2020, quando foram informadas 736 MDIP com vítimas entre 10 e 19 anos", explica ainda o Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil.
Sobre as mortes violentas de adolescentes de 10 a 19 anos por intervenção policial, o levantamento mostra que em 2020 dos 105 óbitos nessa faixa etária, 18 foram causadas por policiais, o que significa que em 17,1% dos casos as vítimas foram mortas por policiais. O documento não especifica se ocorreram confrontos ou não nos óbitos.
Por J1Agora
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