A Polícia Civil acredita que o bandido que matou o lojista Gersino Rosa dos Santos, conhecido como "Nenê Games", 43 anos, e o funcionário Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, 27 anos, não seja de Mato Grosso e sim de outro estado. O crime completou uma semana na última quinta-feira (30) e o autor ainda não foi preso.

Em conversa com o RepórterMT, o delegado Nilson Farias, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que, mesmo com a ampla divulgação do cartaz de procurado com a foto do criminoso, ninguém ainda confirmou sua identidade à polícia.

“Ele ainda não foi preso, porque a gente não sabe quem ele é. Provavelmente ele não é daqui. A gente divulgou a imagem dele, publicou em todos os meios de comunicação e nada. Existem algumas suspeitas. As pessoas estão encaminhando pra gente possíveis autores. Porém, a gente tem que ir fazendo o serviço de confirmação”, explica o delegado.

“Nós estamos recebendo realmente denúncias, que pode ser pessoa A, pessoa B, e nós estamos fazendo o serviço de verificação se essa denúncia procede, se não procede. Mas as pessoas estão colaborando, e isso é um ponto positivo”, completa.

O delegado também acredita que o criminoso já deva ter saído de Mato Grosso. “Nós estamos fazendo trabalho junto as empresas de ônibus, a gente não sabe [para onde ele tenha ido], mas do estado provavelmente ele já saiu. Do Brasil acredito que não”, afirma.

“Nós colhemos diversos HDs, são muitas horas de vídeos de câmeras de segurança do entorno do Shopping Popular, de filmagem. Nós estamos analisando, remontando o percurso desse indivíduo. Estamos em análise”, conclui.

O crime

O duplo homicídio foi registrado por volta das 11h desta quinta-feira (23). Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança do Shopping Popular.

O criminoso chegou sem se preocupar em cobrir o rosto. Após fazer análise da cena do crime, bem como a identificação do alvo, o bandido sacou a arma e realizou os disparos. Após o crime, ele fugiu.

Os disparos atingiram Gersino, o “Nenê Games”, na nuca, à queima-roupa. Ele tinha uma banca no local há mais de 20 anos e morreu na hora.

Os tiros também atingiram Cleyton, que era funcionário de uma outra banca no shopping e foi morto por engano. Ele morreu antes da chegada da ambulância.

Em conversa com jornalistas, o tenente-coronel Jean Kleber Brito da Silva, comandante do 1º batalhão da PM, explicou que o crime foi planejado.

“Foi um homicídio planejado, foi uma execução. Ele veio, esse autor do disparo, veio para o Shopping Popular já com o ânimo de efetuar esse disparo e matar essa vítima. Não havia forma de defesa para essa vítima”, disse.

Buscas estão sendo realizadas para capturar o atirador, que já foi identificado. A Polícia Civil não divulgou o nome dele à imprensa, mas confirma que já tem todas as informações.

Por meio de nota, a Associação dos Camelôs do Shopping Popular lamentou o acontecido.

"Neste momento a Associação prestará todo auxílio aos familiares das vítimas, bem como externa votos de condolências à família e amigos enlutados."

Por RepórterMT