A Avenida Tancredo Neves virou uma verdadeira roleta russa. A gente não sabe se vai acontecer outro acidente — só não sabe quando. Essa via, que corta um bairro residencial e dá acesso a uma escola, transformou-se em um corredor de alta velocidade dentro da cidade, colocando em risco trabalhadores, famílias e crianças todos os dias, especialmente nos horários de pico.

E a pergunta que fica é simples: quanto custa uma vida? Quanto custa uma vida em troca de um redutor de velocidade ou de uma pista elevada? Será que vale menos que economizar no asfalto? Vale menos que uma obra de fachada?

Não estamos falando apenas de imprudência de motoristas. Estamos falando de omissão do poder público, que tem o dever de reduzir riscos e salvar vidas, mas continua inerte. Cada acidente não é uma fatalidade: é uma tragédia anunciada.

Enquanto nada é feito, famílias são destruídas, crianças atravessam a rua sob ameaça e o cidadão comum vive sob o medo de ser o próximo. Nenhuma desculpa orçamentária justifica o descaso.

Redutores de velocidade salvam vidas. Não é pedido, é exigência: Cáceres precisa de ação imediata. Porque vidas não são estatística. Cada acidente é a prova da negligência de quem poderia ter agido e não agiu.