Reportagem do Domingo Espetacular (Record TV) neste domingo (09) trouxe o desparecimento de sete pessoas que vieram de outros estados e sumiram em Mato Grosso. Entre eles, estão Ricardo Oliveira Alves, de 41 anos, e Ryan Matos Alves, de 18 anos, pai e filho sumidos desde dezembro do ano passado e dos cinco jovens que vieram do Maranhão recrutados para trabalhar, mas que desapareceram ao chegar em Várzea Grande.

Investigações da Polícia Civil buscam descobrir se há ligação com facções criminosas, enquanto as famílias vivem o sofrimento da espera por respostas das autoridades. Conforme a reportagem, no dia 27 de novembro de 2024, Ryan veio de Manaus (AM) para Várzea Grande encontrar o pai. Dois dias depois, o filho sumiu e após 48 horas o pai também desapareceu.

Roberto Amorim, delegado do Núcleo de Desaparecidos da Delegacia de Homicídio e Proteção á Pessoa (DHPP), disse que o material genético dos dois já foram colhidos. “Nós pegamos algumas características, alguns costumes do filho e do pai e solicitamos exame de DNA porque se houver alguma localização de algum cemitério clandestino, de algum corpo, nós vamos fazer o confronto”, afirmou.

Segundo a polícia, o bairro Pirineu, em Várzea Grande, onde pai e filho estavam, é dominado pelo tráfico de drogas. Além isso, Ryan tem histórico de dependência química e isso levou a uma linha de investigação. ”A gente acredita nessa possibilidade de ele ter comprado drogas porque ele não veio com dinheiro. Deve ter comprado drogas, não ter pago, aí o Comando, por ele ser de fora, pode ter pego e para que não pudesse levantar mais suspeitas deve ter pegado o pai”, explicou ao se referir á facção criminosa Comando Vermelho (CV).

Emocionada, a mãe de Ricardo e avó de Ryan que criou o neto como se fosse filho; disse que queria apenas ter a dignidade de enterra-los. “Você nunca imagina que vai passar por uma situação dessas. Eu lembro da despedida. Não pensei que era uma despedida. A gente perder um filho já é dolorido, perder dois é pior. Eu nunca esperei isso. Eu falei para minha filha que achava que tinha acontecido alguma coisa e ela falava que não, mas meu coração dizia que sim. Meu Deus, me dê pelo menos a oportunidade de enterra-los para eu ter um pouco de sossego na minha cabeça”, desabafou.

MARANHENSES

Outro caso que é investigado pela Polícia Civil é o dos cinco jovens maranhenses que desaparecem após desembarcarem em Mato Grosso. Diego de Sales Santos, 22; Wallison da Silva Mendes, 21; Wermison dos Santos Silva, 21; Mefibozete Pereira da Solidade, 25 e Walyson da Silva Mendes, 25, estão desaparecidos desde 19 de janeiro deste ano.

Por Brenda Gloss/Folhamax