MÃE DE MENINO 3S7UPR4D0 COMEMORA MORTE DE ASSASSINO: 'NÃO MATA MAIS NINGUÉM'
em 12/12/2025 as 18:54
A mãe de Bruno Aparecido dos Santos, estuprado e assassinado aos 9 anos, afirmou que “a Justiça foi feita” após a execução de João Ferreira da Silva, pedreiro condenado pelo crime e morto a tiros na quarta-feira (10), menos de 24 horas depois de deixar a Penitenciária Osvaldo Florentino Leite, conhecida como Ferrugem, em Sinop. O pedreiro havia sido preso por estuprar e matar Bruno, em 2005, na cidade.
João agrediu, violentou e matou o menino. Após o crime, enterrou o corpo da criança no terreno de uma casa em construção.
Em entrevista à Real TV, afiliada da Record em Sinop, Josiana Aparecida da Silva disse que, apesar da dor que permanece, a morte do homem condenado pelo homicídio e estupro do filho trouxe a sensação de que ele não fará mais vítimas.
“Eu peço perdão a Deus por eu estar feliz. Eu estou feliz não pelo meu filho, porque o meu filho morreu e não tem como voltar. Mas estou feliz por ele não matar mais ninguém. Nenhuma criança vai ser morta por ele”, afirmou.
“Sim, a Justiça foi feita, mas para mim demorou muito tempo para ser feita. Só que, em questão do sentimento de ódio, eu tive coragem de ir lá no local para ver a cara dele”, relatou. Ela contou que se arrependeu da decisão. “Me arrependi de ter ido, porque fiquei com ódio, com vontade de matar ele de novo.”
Na entrevista, a mãe disse que, diante da cena, percebeu que teria sido capaz de cometer o crime se tivesse oportunidade. “Eu achava que não teria coragem de matar ele, mas hoje, vendo ele morto, sei que, se tivesse oportunidade, eu teria matado como mãe”, desabafou.
Josiana também relembrou o dia do desaparecimento de Bruno. O menino havia sido deixado na casa do pai e, como fazia rotineiramente, saiu para ir até a casa de uma tia. “Ele estava na casa do pai e saiu para ir à casa da tia, como era de costume”, contou.
A família iniciou buscas desesperadas, mas o corpo da criança só foi encontrado dias depois, em um terreno baldio. “Desde então, achamos ele morto. Eu não tive coragem de vê-lo, eu não vi meu filho morto”, disse, emocionada.
Ao falar sobre o futuro interrompido do filho, Josiana afirmou que a dor é diária. “Hoje eu poderia ter meus netos, filhos dele, e não tenho. Poderia ter ele um homem, e não tenho. Dói, dói todos os dias”, declarou.
Segundo ela, se Bruno estivesse vivo, hoje teria cerca de 29 anos. Apesar do sofrimento, a mãe afirma acreditar que o ciclo de violência foi encerrado. “Então agora ele não matar mais ninguém”, concluiu.
João Ferreira da Silva havia sido solto na quarta-feira (10) e foi executado a tiros no dia seguinte. A Polícia Civil investiga as circunstâncias e a autoria do crime.
Por Folhamax
