Na data de ontem, sexta-feira (14), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu R$ 940 mil em dinheiro escondidos em um fundo falso de um veículo Hyundai/Creta, na BR-070, km 504, em Cuiabá. A ação ocorreu durante fiscalização, quando a equipe do Grupo de Motociclismo Policial da PRF (GMP/PRF) abordou o veículo após análise de risco.
Durante a busca no veículo, os policiais encontraram um fundo falso no assoalho, onde estavam escondidos 20 pacotes de dinheiro em espécie, totalizando R$ 940 mil. O condutor não apresentou nenhuma comprovação lícita e informou que o dinheiro não estava totalmente declarado á Receita Federal.
Diante dos fatos, o condutor foi preso em flagrante pelos crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O veículo e o dinheiro foram apreendidos e encaminhados ao GCCO da Polícia Civil para os procedimentos cabíveis.
A PRF intensifica a fiscalização nas rodovias federais para combater crimes financeiros e a lavagem de dinheiro. Denuncie atividades suspeitas pelo telefone 191.
O governador Mauro Mendes cobrou que a Justiça aplique uma pena exemplar à Nataly Hellen, assassina confessa da jovem Emilly Beatriz Azevedo Sena, morta aos 16 anos e que teve seu bebê roubado. Ele ainda criticou a atuação do Congresso Nacional e as “leis frouxas”, que, em sua visão, incentivam crimes e propagam a impunidade no Brasil.
“Eu peço ao Poder Judiciário que essa covardia seja exemplarmente e rapidamente punida, apesar das leis frouxas que têm nesse país. É justamente essas leis frouxas, a confiança na impunidade, essa maldita impunidade que existe no país, que tem incentivado esse tipo de crime. Parece-me que a vida perdeu o valor”, disse nesta sexta-feira (14).
Mendes ainda disse que em função da impunidade, pessoas comuns estão praticando crimes devido à certeza de que não pagarão pelos seus atos.
“Eu lamento em nome de todo o povo de Mato Grosso e vamos continuar acompanhando as investigações e confiar no Poder Judiciário para que rapidamente esse crime seja processado e os envolvidos, qualquer um, além da criminosa, possa ser punido exemplarmente e que o nosso Congresso Nacional possa mudar as leis o mais urgente possível”, acrescentou.
O governador avaliou que “um crime tão bárbaro como esse mereceria uma pena muito grande, uma pena muito grande, que, infelizmente, nós não temos hoje no Brasil”, disse possivelmente em alusão à pena de morte.
Ele ainda destacou a rapidez das forças de segurança do Estado em elucidar o crime em menos de 24 horas e parabenizou o rápido trabalho da polícia.
“Não há palavras aqui que eu possa dizer que vá confortar a mãe e os familiares diante de tamanha covardia e crueldade”, disse.
Nataly Helen Martins Pereira, que confessou ter matado a adolescente grávida Emelly Azevedo Sena, de 16 anos, para roubar o bebê dela, disse que levou a vítima para um quarto da casa onde cometeu o crime para mostrar a ela roupinhas de bebê que havia prometido doá-las à menina. Depois disso a enforcou com um fio. Emelly, que estava grávida de nove meses, estava fraca e sentindo dores e a assassina aproveitou a vulnerabilidade da menina para matá-la.
Em depoimento à polícia, ela deu detalhes de como o assassinato aconteceu.
“Ela começou chorar e passar mal e eu vi uma oportunidade, porque ela estava ali, fraca e com dor, aí eu peguei ela por trás”, contou Nataly.
Segundo a criminosa, ela havia engravidado do seu companheiro, Christian Albino Cebalho de Arruda, mas havia perdido o bebê há cerca de seis meses e não contou para ninguém. Ela informou que não podia mais engravidar e decidiu enganar a todos, dizendo que ainda estava grávida.
Ela disse ainda que, mesmo após ter perdido a criança, sua barriga havia crescido. Ainda segundo depoimento, enquanto vivia como se estivesse grávida, ela procurava crianças nas ruas, porque sentia o desejo de ser mãe.
Nataly disse que conheceu Emelly em um grupo de mães no Whatsapp. Elas começaram a conversar e manter uma espécie de amizade virtual, já que não se conheciam pessoalmente.
“Conversamos sobre tudo, sobre a vida”, contou Nataly, que disse que Emelly havia dito a ela que se chamava Bia e que tinha 18 anos.
Dias antes de matá-la, a assassina ofereceu uma doação de roupinhas de bebê e atraiu a vítima, que morava em Várzea Grande, para a casa, que seria do irmão dela, no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá. Neste dia, ela disse ao seu companheiro que iria almoçar na casa do irmão.
À polícia, Nataly contou que chegou na casa entre 8h e 9h de quarta-feira (12), dia em que Emelly desapareceu. Ela foi mais cedo para cavar o buraco onde enterraria a vítima. No quintal da residência, ela encontrou uma picareta e uma pá e usou as ferramentas para fazer uma cova rasa.
Emelly chegou por volta das 12h no local.
Quando chegou, Nataly a recebeu na sala. Lá elas conversaram por aproximadamente 30 minutos e a criminosa conta que chegou a se arrepender do plano de matar a jovem, mas como já tinha preparado a cova, resolveu seguir com o crime.
“Só que aí ela já estava lá, o ‘trem’ já estava lá, eu ia falar que eu fucei naquele buraco lá pra quê? Foi virando uma bola de neve”, contou.
Em determinado momento, Nataly levou Emelly para o quarto para ver as roupinhas de bebê. Nessa hora ela pensou em cometer o crime, mas não teve coragem. “Na hora que ela estava indo no quarto de costas pra mim eu já pensei em fazer alguma coisa, mas não tive coragem novamente”, disse.
Depois de ver as roupas, a vítima voltou para a sala com duas bolsas na mão e sentou em uma cadeira. Segundo Nataly, ela estava passando mal e tendo contrações.
Foi então, em um momento de fraqueza de Emelly, que Nataly a enforcou por trás, com um golpe mata-leão. A vítima caiu no chão, desmaiada.
A assassina a colocou de volta na cadeira e amarrou as mãos e os pés dela com fitas de cetim e barbante. Em seguida, começou a bater no rosto de Emelly, na tentativa de acordar a menina para pedir desculpas e dizer que cuidaria da filha dela.
“Eu tentei acordar ela pra poder falar que ia ficar com a neném e que eu ia cuidar da neném [...] ela acordou, eu pedi desculpas e falei que ia cuidar da neném”, disse.
Depois disso, Nataly enforcou Emelly por trás, com um cabo de internet.
A assassina contou que neste momento a menina debatia as pernas, por isso resolveu concluir o crime colocando duas sacolas na cabeça da vítima.
“Eu vi que ela estava demorando e ela estava sofrendo, aí eu fui e amarrei uma sacola”, relatou.
Após matar a vítima, Nataly tirou o bebê do ventre da mãe utilizando uma navalha e uma faca branca.
Em seguida, enterrou Emelly na cova.
Emelly foi encontrada por volta das 12h de quinta-feira (13), após Nataly e Christian ter tentado registrar a bebê no Hospital Santa Helena, em Cuiabá. A criminosa contou a equipe médica que o parto havia ocorrido em casa. Os profissionais desconfiaram e acionaram a polícia, que acabou cruzando a informação com o desaparecimento da jovem gestante. Os dois foram encaminhados para a delegacia.
O irmão de Nataly, Cícero Martins Pereira Junior, e o cunhado dela, Alédson Oliveira da Silva, também foram conduzidos pela polícia, pois ambos estiveram na casa onde Emelly foi encontrada morta.
No mesmo dia, Christian, Cícero e Alédson foram liberados, pois a criminosa confessou ter agido sozinha.
Agora, Nataly irá passar por uma audiência de custódia, que está marcada para acontecer na tarde desta sexta-feira (14), e a Justiça irá decidir se manterá a assassina presa.
Já o bebê está saudável, sob os cuidados do Conselho Tutelar, no Hospital Santa Helena.
Um jovem de 26 anos que estava embriagado foi preso após ser flagrado se masturbando ás 10h da manhã de ontem, (13), quinta-feira, em frente á loja Arome, em Alta Floresta.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, testemunhas que estavam na Avenida Ludovico da Riva Neto flagraram o ato em frente á loja e acionaram a PM.
No local, uma jovem de 19 anos informou que o suspeito teria saído e apontou ele deitado em frente à Escola Estadual Marines. Os policiais foram até lá e constataram que ele apresentava sinais de embriaguez e estava com o pênis á mostra, ainda se masturbando.
O caso, registrado como importunação sexual, foi encaminhado á Polícia Civil.
Doze mandados judiciais foram cumpridos na Operação Revelare, deflagrada pela Polícia Civil, nesta sexta-feira (14.3), nos municípios de Araputanga e Reserva do Cabaçal, contra integrantes de uma facção criminosa instalada na região.
Os envolvidos respondem pelos crimes de sequestro, homicídio qualificado, ocultação de cadáver e por promover, constituir, financiar ou integrar organização criminosa.
Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão domiciliar. Um dos suspeitos presos, exercia a função de gerente da facção criminosa em Reserva do Cabaçal, e é apontado como um indivíduo violento, responsável por intimar os moradores e atuar no tráfico de drogas.
A Operação Revelare resultou também na prisão do ex-gerente da facção que agia no município de Araputanga, e do responsável pela “disciplina” da facção, ou seja, aquele que ordena e executa punições contra desafetos e até mesmo contra membros da própria organização criminosa.
Uma arma de fogo, pistola de calibre 9 milímetros com a numeração raspada, também foi apreendida.
Homicídio
Um dos crimes praticados pelos investigados foi o homicídio de Fabrício Gomes Ramos, ocorrido no mês de abril de 2023. O caso foi tratado inicialmente como uma ocorrência de desaparecimento de pessoa. No entanto, no decorrer das investigações, constatou se tratar de homicídio com ocultação de cadáver.
A vítima foi sequestrada, mantida em cativeiro, forçada a se submeter a um falso julgamento via chamada de vídeo e, em seguida, executada a tiros e enterrada. O crime foi motivado pela disputa entre facções criminosas rivais.
Localização do corpo
O corpo da vítima, Fabrício Gomes Ramos, foi localizado nesta sexta-feira (14), enterrado no quintal de uma casa no bairro João China, em Araputanga. Os restos mortais foram recolhidos pela Politec para exames periciais.
Conforme o delegado responsável pela investigação, Fabrício Garcia Henriques, a Polícia Civil reafirma seu compromisso com a sociedade e certamente as cidades de Araputanga e de Reserva do Cabaçal estarão mais seguras com a prisão destes indivíduos.
“A população pode colaborar no enfrentamento ao crime organizado através de denúncias pelo disque 197, garantido o sigilo absoluto”, destacou o delegado.
As diligências contaram com o apoio dos policiais civis da Gerência de Operações Especiais (Goe), da Delegacia Regional de Cáceres e outras unidades da circunscrição.
Operação Revelare
A ação faz parte da megaoperação “Inter Partes”, planejada pela Polícia Civil para reprimir à criminalidade em Mato Grosso, que busca por meio de investigações criteriosas e qualificadas, aprimorar e ampliar a atuação no combate à criminalidade, demonstrando a força do Estado perante os grupos que insistem em tentar tirar a tranquilidade da população mato-grossense.
As ações da Operação Inter Partes ocorrerão de forma constante, com objetivo de desarticular a atuação das facções criminosas em Mato Grosso, e integra o programa estadual Tolerância Zero.
Um jovem foi encontrado morto com as mãos e os pés amarrados próximo a uma lavoura de milho, na Estrada Claudia, em Sinop, na noite de ontem, quinta-feira (13). Ele apresentava cortes no pescoço e na cabeça.
A perícia aponta que o corpo foi desovado no local há pouco tempo. A Polícia Civil acredita que ele possa ter sido vítima do Comando Vermelho, uma vez que a maneira como o corpo foi encontrado evidencia o modus operandi praticado pelo tribunal do crime.
“A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada e toma as providências cabíveis. A vítima aparenta ser jovem. É algo que precisa ser confirmado, e ele estava com as mãos e os pés amarrados. Esse modus operandi revela que o crime pode ter sido praticado por uma facção. Portanto, é bastante sugestivo que esteja ligado a essa natureza. Nós encontramos uma lesão ampla no pescoço e na cabeça, produzida por um instrumento cortante, como uma faca. Além do instrumento cortante, pode ter sido usado também um instrumento contundente, fato que será averiguado na necropsia", apontou um perito criminal ao Sinop Urgente.
A recém-nascida que foi arrancada da barriga da adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, está em observação no Hospital Santa Helena, em Cuiabá, e passa bem. A informação sobre o quadro de saúde da bebê foi repassada ao pelo ex-diretor geral da unidade de saúde, Marcelo Sandrin.
Em conversa com a reportagem, Sandrin contou que a criança está bem, sendo acompanhada pela equipe de pediatria do hospital. Na unidade de saúde, a criança também está sendo assistida pelo Conselho Tutelar e pelos policiais da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (DEDDICA).
“Ela está sendo acompanhada pela equipe de pediatria que, por coincidência, o pediatra é o meu filho Eduardo Sandrin”, afirmou o médico.
Por enquanto, a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu quatro por envolvimento no crime, sendo três homens e uma mulher. Desses, apenas dois tiveram a identidade confirmada pela polícia, são o chefe de cozinha Christian Cebalho e Nataly Helen Martins Pereira, que confessou ter assassinado e tirado o bebê da barriga da adolescente.
A Polícia Civil chegou até os envolvidos após o casal, acompanhado de uma mulher, ir até o Hospital Santa Helena para conseguir assistência à recém-nascida, filha de Emilly. Na unidade de saúde, o trio disse que a criança tinha nascido de um parto domiciliar.
“Eles chegaram por volta das 16h30, 17h dessa quarta-feira (12), acompanhados por uma mulher que eles chamavam de cunhada e dizendo que tinham tido um parto domiciliar. A mulher disse que tinha tido um parto em casa e queria assistência”, explicou Marcelo Sandrin.
Contudo, após alguns exames preliminares feitos em Nataly, foi identificado que não havia sinais nela que indicassem que teria feito uma parto recente. Diante disso e de atitudes suspeitas, como nervosismo e insistência para ir embora, a equipe médica do hospital percebeu que algo estava errado e acionou a polícia.
A adolescente estava desaparecida desde ontem, quando saiu da residência onde morava, em Várzea Grande, para buscar doações de roupas para filha. Contudo, ela não retornou ao imóvel e foi dada como desaparecida desde então. Após a tentativa de registro da recém-nascida, a polícia conseguiu levantar a suspeita do local onde a vítima poderia estar.
O corpo de Emilly foi localizado enterrado em uma cova rasa no quintal de uma casa localizada no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá. No local, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec-MT) constatou que a adolescente foi morta asfixiada e logo depois teve a barriga cortada para a retirada do bebê.